terça-feira, 14 de julho de 2015

Asas



Perdi minhas asas na vida
roubadas assim sem aviso
não vi o tempo passando
nem como foi tão precioso!
Ah! se eu soubesse antes 
o que agora sei!
Tinha vivido mais vida,
alçado voos mais altos,
quem sabe amado mais,
gostado mais do meu eu
do meu corpo,
dos meus olhos!
Rugas não me importam
são parte da mim mesma,
importam apenas as asas
os voos, a força, as pernas!
Imóvel, padeço a dor,
A dor hoje  presente;
Padeço olhando o futuro
Será que adivinho o que vem?
Perdi minhas asas.
assim, como num vento!
Um caminho imposto,
um estorvo, uma cruz!
Eu que dançava sem música!

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